CJF cria comissão para prevenir duplicidade de pagamento de RPVs e precatórios

Por convocação do coordenador-geral da Justiça Federal, ministro Fernando Gonçalves, foi realizada dia 23 no Conselho da Justiça Federal (CJF) reunião com os coordenadores dos juizados especiais federais e procuradores federais para discutir soluções capazes de prevenir o pagamento em duplicidade de precatórios e requisições de pequeno valor (RPVs).

O problema foi detectado recentemente no Juizado Especial Federal Cível de Florianópolis e compreendeu um flagrante de fraude em causas cujo objeto era restituição do imposto de renda pessoa física e contribuição ao Fundo de Saúde do Exército. O caso denunciado na reunião da Comissão Permanente dos Juizados Especiais Federais, em 9 de março deste ano, pelo coordenador dos JEFs da 4ª Região, desembargador federal Edgard Lippmann, trouxe à tona a fragilidade dos sistemas de controle de pagamento de RPVs e precatórios dos órgãos envolvidos nas operações.

Além de representantes da Justiça Federal e do CJF, o encontro reuniu membros das procuradorias do INSS, da Fazenda Nacional e da Advocacia Geral da União, no gabinete da Coordenação-Geral da Justiça Federal. Foram discutidas formas de utilização da tecnologia da informação que possibilitem a integração entre os sistemas de dados desses órgãos, evitando fraudes como a ocorrida em Florianópolis.

No âmbito da Justiça Federal já está em curso o desenvolvimento de um sistema pela Secretaria de Tecnologia da Informação e das Comunicações do CJF que irá reunir os dados de todas as regiões. Um passo decisivo para prevenir a duplicidade de ações de qualquer natureza.

Por sugestão do ministro Fernando Gonçalves, foi criada durante a reunião uma comissão presidida pela juíza federal Marisa Cucio, do TRF 3ª Região, composta por representantes do CJF e procuradorias do INSS, da Fazenda Nacional e da Advocacia Geral da União. A Comissão terá 30 dias para apontar soluções de curto prazo voltadas à identificação da litispendência (situação em que há ação anterior idêntica à ajuizada) no caso de precatórios e RPVs.

A maior parte dessas dívidas da União é de origem previdenciária. “A Previdência é a maior interessada em resolver essa questão”, enfatiza o ministro Fernando Gonçalves, chamando o INSS e os demais órgãos ali representados a assumirem suas responsabilidades diante do problema.

O procurador do INSS, Aluizo Silva Lucena, reconheceu que a Previdência não dispõe ainda de um sistema de controle de pagamentos de RPVs e precatórios.

Participaram da reunião os desembargadores federais Antonio Sávio (TRF da 1ª Região), Sérgio Feltrin (TRF da 2ª Região) e Edgard Lippmann (TRF da 4ª Região); os juízes federais, Marisa Cucio (TRF da 3ª Região), Rogério de Meneses Fialho Moreira (TRF da 5ª Região); o representante da Secretaria da Reforma do Judiciário, Wagner Augusto da Silva Costa; os representantes da AGU, Izabel Vinchon Nogueira de Andrade, procuradora adjunta e Mariana Saraiva Sampaio, advogada da União; os procuradores do INSS, Aluizo Silva Lucena, Ana Lúcia de Fátima Estevão e Vanessa Mirna Barbosa Guedes do Rego; as procuradoras da Fazenda Nacional, Maria da Graça Hahn Montovani (SC) e Adriana Nogueira Tigre Coutinho (DF). Representando o CJF, estiveram presente o secretário geral, Alcides Diniz; Viviane Leite, secretária da Turma Nacional de Uniformização; Marilene Nunes da Silva e Estela Maria Barbosa da Silva da Secretaria de Planejamento e Orçamento e Lúcio Melre da Silva, secretário de Tecnologia da Informação e das Comunicações.

Fonte: CJF

Por: Ana Márcia Costa Barros
Institucional
Carta de Serviços
Concursos
Comunicação
Juizados Especiais
Turma Recursal
Transparência
Plantão Judiciário
mapa do site

Este site usa cookies para garantir que você obtenha uma melhor experiência.

Política de Privacidade