Conciliações entre mutuários e Caixa chegam a 70% na Justiça Federal

Conciliações na Justiça Federal que chegam a 70% nos processos judiciais entre mutuários e a Caixa Econômica Federal são consideradas casos de sucesso em todo o País. A informação foi ressaltada ontem (17/05), pelo superintendente de negócios da Caixa Econômica Federal, Paulo Sérgio de Melo, durante abertura do seminário sobre financiamento e habitação em Maceió. O evento foi aberto com a conferência: “Responsabilidade Civil por Danos decorrentes da atividade Bancária”, proferida pelo juiz federal e diretor da Seção Judiciária de Alagoas, Paulo Machado Cordeiro.

O seminário é promovido pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe) em parceria com a Caixa Econômica e o Conselho da Justiça Federal (CJF). A elevada demanda de processos que vão para as mãos de juízes federais só aumenta a importância das audiências de conciliação. A maioria desses conflitos resulta em acordos, com economia de tempo e dinheiro e menos desgaste para as partes, uma tendência na modernização da Justiça.

Segundo informações do delegado da Ajufe em Alagoas, juiz federal André Tobias Granja, o seminário é o segundo evento da entidade realizado no Estado. “Nossa meta é sediar um Encontro Nacional de Juízes Federais”, observou ao agradecer o apoio da direção do Foro da Seção Judiciária de Alagoas.

Cerca de 80 pessoas participam do evento entre magistrados e advogados da Caixa Econômica. A abertura foi prestigiada pelo vice-presidente da Ajufe da 5ª Região, João Luiz Mathias; pelo corregedor geral do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Francisco Wildo; pelo gerente nacional de atendimento jurídico da Caixa, Paulo Roberto dos Santos, além do ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, Pedro da Rocha Acioli, que foi o grande homenageado da noite.

Homenagem - O ministro Pedro Acioli lembrou ter sido relator do processo do Sistema Financeiro de Habitação, na década de 80, que firmou jurisprudência para todo o País, ao destacar a importância do tema do evento. Fez ainda uma retrospectiva de suas ações desde o início da implantação da 1ª Vara da Justiça Federal de Alagoas, que inicialmente funcionou no salão nobre do Teatro Deodoro.

“Posteriormente conseguimos verbas para a construção da sede, às margens do Salgadinho e depois, junto ao então governador Divaldo Suruagy, a permuta daquela sede com o prédio onde hoje funciona a Seção Judiciária de Alagoas, concluído pelo colega Francisco Falcão”, lembrou o ministro.

Segundo Pedro Acioli, a Justiça Federal de Alagoas honra a magistratura no Estado e no País. O diretor do Foro da Justiça Federal de Alagoas, Paulo Machado Cordeiro mencionou ainda o fundador da Seção Judiciária, o juiz federal Carlos Gomes, bem como o papel do desembargador Francisco Wildo, na continuidade dos bons serviços e a entre a composição fundadora e a atual composição da Justiça Federal de Alagoas.