Juiz federal de Arapiraca condena quadrilha armada de assaltantes

O juiz federal da 8ª Vara de Arapiraca, Rubens de Mendonça Canuto Neto condenou uma quadrilha armada responsável pelo assalto a um veículo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que transportava R$ 52.887,00, no dia 2 de agosto de 2005, próximo ao Povoado Poção, no Município de Arapiraca. Durante o crime foi morto a tiros o policial militar José Romero Nunes dos Santos e ferido o policial militar José Romilton da Silva, responsáveis pela escolta. Também foi roubada uma arma de fogo pertencente ao policial militar Genílson Robério da Silva, que, juntamente com Edson Barbosa Silva, transportava o dinheiro da ECT.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a quadrilha é formada por: Milton José dos Santos (“Miltinho), Agilberto Júnior dos Santos (“Júnior Tenório” ou “Júnior Cicatriz”), Valdir Bezerra dos Santos (“Val”), José Cícero Cavalcante (“Cicinho”), chefiada por Agilberto o Júnior Tenório.

Os elementos cometeram o latrocínio utilizando-se do veículo utilitário Mitsubishi L-200, pertencente à Dilza Costa Passos. A mando de Agilberto, o automóvel foi roubado por Milton e José Cícero na tarde de 31 de julho de /2005, na Avenida Rotary, em Maceió. Foram vítimas do assalto, cometido com armas de fogo, a proprietária do automóvel, que também teve subtraído documentos pessoais e R$ 800,00 em espécie, suas duas filhas menores e o motorista José Jackson Tenório Guimarães, de quem levaram R$ 200,00.

Esse veículo foi utilizado para subtração de R$ 52.887,00 pertencentes à ECT, valores que se destinava às Agências dos Correios de Coité do Nóia e Tanque D’arca, e estava sendo transportado por policiais militares. No percurso entre os municípios de Arapiraca e Coité do Nóia, o veículo Mitsubishi L-200, emparelhou-se com outro que fazia a escolta do carro dos Correios. Os assaltantes atiraram nos policiais, fazendo com que o motorista perdesse o controle do automóvel e se chocasse violentamente no parapeito de uma ponte. Ambos os policiais que realizavam a escolta foram atingidos pelos disparos, mas somente José Romero veio a falecer no próprio local.

Após esse ataque, os criminosos partiram em perseguição ao automóvel no qual estava sendo transportado o dinheiro. Embora tenham atirado nos ocupantes, por sorte, nenhum desses foi atingido. O policial-motorista Edson Barbosa, após ser retirado da pista pela Mitsubishi L-200, foi obrigado a parar o veículo. Dois homens encapuzados e vestindo coletes à prova de balas desceram da caminhonete e pegaram o malote com o dinheiro, uma arma de fogo e fugiram do local em alta velocidade.

Milton dos Santos também acusado de latrocínio e assalto ao ex-deputado Edval Gaia e formação de quadrilha, foi condenado a 50 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, além do pagamento de multa, equivalente a 100 dias-multa, cada um deles correspondente a um salário-mínimo vigente na data dos fatos, com correção monetária.

Agilberto, o Júnior Tenório, elemento reconhecidamente violento, chefe de uma quadrilha especializada em crimes de roubo de carga e homicídio, foi condenado a 56 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ele pagará 200 dias de multa, cada um correspondente a dois salários-mínimos vigentes no dia do crime.

Valdi Bezerra pegou 46 anos de reclusão em regime fechado, além de multa. José Cícero foi condenado a 44 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado e pagamento de multa.

Segundo o juiz Rubens Canuto, “nenhum dos réus exerce, efetivamente, atividade profissional lícita”. “São pessoas dedicadas exclusivamente à prática de crimes, muitos deles notavelmente violentos, e têm maus antecedentes, sendo integrantes de uma quadrilha especializada em crimes contra a vida e o patrimônio (homicídios, roubos, latrocínios etc.). Por isso, nego aos réus o direito de apelarem em liberdade, nos termos do art. 2º, § 2º, da Lei nº 8.072/90 e do art. 594 do Código de Processo Penal”, conclui o magistrado.

Outros três acusados da mesma quadrilha tiveram os processos desmembrados e continuam tramitando na 8ª Vara Federal.

Ana Márcia F/AL

anamc@jfal.gov.br

(82) 2122-4172

Por: Ana Márcia Costa Barros
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