Três estrangeiros são naturalizados em audiência conjunta na JFAL

Imagem: Orlando Macias faz leitura de artigo da Constituição

Fonte: JFAL

Imagem: Gabriela Flores recebe cumprimentos do juiz

Fonte: JFAL

Dois irmãos argentinos e um nicaraguense foram naturalizados brasileiros na tarde de terça-feira (12/4) na Justiça Federal em Alagoas (JFAL). Os três estrangeiros estão no Brasil há mais de 30 anos, onde formaram família e toda vida profissional e pessoal.

O juiz federal titular da 1ª Vara, André Luis Maia Tobias Granja abriu a audiência conjunta, com a presença do Ministério Público Federal, solicitando que os três estrangeiros demonstrassem o domínio da língua oficial do Brasil, fazendo a leitura dos artigos 1º, 3º e 4º da Constituição Federal de 1988, relativo aos fundamentos da República Federativa do Brasil, aos seus objetivos fundamentais e aos princípios que regem suas relações internacionais. Em seguida, cada um entregou a cédula de identidade de estrangeiro, recebendo assim o certificado de naturalização que lhe atribuíram nacionalidade brasileira.

Trio naturalizado

A jornalista Gabriela Flores, 44 anos, e o seu irmão Fernando Flores, 40, estão no Brasil, especificamente em Maceió há 33 anos. A família deixou a Argentina em 1978 e os irmãos não têm nem mesmo sotaque. “Meu pai veio para a implantação da antiga Salgema em Alagoas, eu tinha 12 anos. Sei que jamais me adaptaria ao meu país de origem, onde meu único elo são familiares que tenho lá. Gosto de sururu, de farinha e tudo que é brasileiro e alagoano, só no futebol continuo a torcer pela Argentina”, brinca Gabriela, que veio para a audiência acompanha da filha de 9 anos.

Indagada sobre porque demorou tanto para buscar a naturalização, Gabriela explica ter sido acomodação, mas as pessoas ficavam estanhando a carteira de identidade estrangeira. “Também nunca votei e quero votar”, ressalta.

Fernando Flores é motorista e futuro radialista, tem filho e esposa brasileira. “Cheguei aqui aos 6 anos de idade. A gente mora aqui, paga impostos e nada mais justo do que regularizar a situação”, falou.

O nicaraguense, professor de História e Espanhol, Orlando Macias, 61 anos, reside no Brasil desde 1969, mas veio para Maceió em 1975. “Venho da Nicarágua, um país muito conturbado politicamente. Foi aqui no Brasil que formei família, meus filhos e netos. Maceió é minha jóia”, garante.

Do país de origem, segundo Orlando, só restaram às raízes cortadas, sonhos e lembranças de um passado na juventude. “O Brasil é a minha casa”, reforça.

Assessoria de Comunicação

Justiça Federal em Alagoas

Por: Ana Márcia Costa Barros
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