Júri popular do caso Ceci Cunha encerra depoimentos e inicia interrogatórios
Terminou a oitiva das testemunhas do júri popular dos acusados pela morte da médica e deputada federal Ceci Cunha, de seu marido e de mais dois parentes, caso que ficou conhecido como “chacina da Gruta”, em 16 de dezembro de 1998. A primeira pessoa ouvida foi a sobrevivente do crime, irmã de Ceci Cunha, a psicóloga Claudinete Santos Maranhão, que teve o marido Iran Carlos Maranhão, morto na chacina.
Claudinete confirmou declarações anteriores dados à Polícia Civil e à Polícia Federal e constantes nos autos, ao narrar que dois indivíduos entraram na varanda da casa da sua sogra, Ítala Maranhão, no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió, e dispararam as armas contra todos que estavam sentados. Um dos acusados, Jadielson Barbosa da Silva teria sido reconhecido pela depoente. Foram mortos: a deputada Ceci Cunha, seu marido Juvenal Cunha, Iran Carlos Maranhão e Ítala Maranhão. Claudinete contou que conseguiu se esconder debaixo da cama do primeiro quarto da casa.
Segundo Claudinete, no dia do crime, a deputada foi visitar a sua filha recém-nascida, pois era obstetra e fez o seu parto, sendo morta cerca de 15 minutos depois de ter chegado à residência.
Foram ouvidos ainda as seguintes testemunhas: o militar reformado José Jorge Farias de Melo, o então porteiro do prédio onde residia Talvane Albuquerque, è época do crime, José Luiz dos Santos, o aposentado Edmilson Gomes de Novaes (por videoconferência), Aloizio Neves, José Roberto Veras e o capitão a Polícia Militar George Pereira da Silva. Numa segunda fase, o júri prossegue com fase de interrogatórios.
São réus no processo o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros Silva.
O Tribunal do Júri é presidido pelo juiz federal André Luís Maia Tobias Granja, titular da 1ª Vara Federal. O Conselho de Sentença é formado por sete jurados, todos do sexo masculino. A defesa dos réus é exercida por seis advogados e a acusação por dois procuradores da República e dois advogados assistentes de acusação.
Para que as pessoas possam acompanhar o evento sem precisar se deslocar até a sede da JFAL, o site da Justiça Federal transmite pela internet, em tempo real. Para isso, basta acessar: http://www.jfal.jus.br/julgamento.
Assessoria de Comunicação
Justiça Federal em Alagoas