Palestras marcam 7ª Semana da Inclusão na JFAL
Troca de experiências, ampliação de discussões, relatos sobre a necessidade da inclusão e da acessibilidade. Estes são alguns dos temas abordados na 7ª Semana da Inclusão, realizada em parceria entre a Justiça Federal em Alagoas (JFAL) e a Escola Cecília Meireles. A abertura da programação, na noite desta sexta-feira, 23, no auditório da instituição, reuniu representantes de instituições e familiares de pessoas com deficiência, que buscam direitos para aqueles que precisam do poder público para este fim. A professora Maria Dolores Fortes fez a primeira palestra da noite, com um relato sobre as determinações necessárias às pessoas com deficiência para a superação de barreiras e dificuldades.
A programação conta com temas sobre Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), Surdez e Transtorno Desafiador de Oposição (TOD). A 7ª Semana da Inclusão transcorre neste sábado, 24, e faz parte da programação promovida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que reservou a semana inteira para discussões e debates sobre o tema.
O presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão da JFAL, juiz federal Fellini Wanderley, ressaltou a importância do evento e assegurou o compromisso da instituição em abrir cada vez mais o espaço para a promoção da inclusão: “Estamos cada vez mais dando visibilidade para a inclusão social. A JFAL vem dando passos para que isso aconteça. Estamos abrindo a possibilidade de mais momentos como a Semana da Inclusão que é tão importante para a conscientização social”, disse o magistrado.
A aluna da Escola Cecília Meireles, Ágata Tenório, trouxe musicalidade e lição de inclusão. Acompanhada do professor de música da escola, ela interpretou o Hino da Inclusão. Outro aluno da Escola Cecília Meireles, Mateus Barbosa, que se encaixa no espectro autista, disse que se sente acolhido quando a abordagem para pessoas com TEA é normalizada. “É muito bom estar inserido em um local onde posso ser eu mesmo. Tenho muitos amigos na escola e todos me respeitam”, relatou ele.
O psicólogo escolar Givaldo Pinheiro destacou a importância de acompanhar os dois dias de evento que trazem a inclusão como fio condutor. Para Givaldo, o evento trará a possibilidade de auxiliar suas funções em seu dia a dia. “É muito importante ter a possibilidade de um evento como esse. Dentro da escola temos diversidade; alunos com TDH, surdez, entre outras situações extraordinárias. Acompanhar esse conteúdo nos traz bagagem para melhorar essa abordagem”, assentiu.
A professora universitária Maria Dolores Fortes, contou sua experiência enquanto pessoa com deficiência. Ela explicou os desafios da educação inclusiva. “Independentemente da situação não devemos nos abalar. Achei que não conseguiria passar na universidade. Tive muitos problemas por minha condição, mas devemos sempre ser resilientes. Se você achar que pode, você pode”, considerou.
Representantes do Centro de Valorização da Vida (CVV) apresentaram dados sobre índices do suicídio e falaram da campanha do Setembro Amarelo: “Não é uma comemoração, é uma campanha de conscientização”, alertou Carlos Souza, do CVV, na segunda palestra da noite.
A 7ª Semana da Inclusão termina neste sábado, 24, com palestras e importantes discussões e relatos no auditório Ministro Pedro Acioli, da Justiça Federal em Alagoas.