Servidores da JFAL iniciam segunda turma do curso de Libras
Os servidores da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) começaram um novo módulo de ensino do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em 2022, uma turma de servidores e estagiários participou da primeira formação, com resultado considerado satisfatório. Este ano, as aulas estão sendo ministradas pelo professor Arnaldo Nascimento, que é surdo. A modalidade de ensino, no curso atual, é focada no cotidiano do ambiente jurídico para atender a população especial que busque atendimento da JFAL.
Falando por sinais, Nascimento reforçou a importância da acessibilidade à população surda. “A comunidade surda possui direitos mas falta efetivá-los. E essa iniciativa de treinamento possibilita o acesso pleno para as pessoas surdas, permitindo que elas possam solicitar informações”, considerou. Na primeira aula para a turma, o professor contou com o apoio da tradutora Cláudia Nascimento.
No decorrer da aula, Arnaldo compartilhou com a turma como perdeu a audição. Segundo ele, aos oito meses de vida, caiu de uma escada e após voltar do atendimento hospitalar, sua mãe percebeu que ele não respondia aos sons habituais. Levaram-no ao médico, quando diagnosticou a surdez. Mesmo sem falar uma palavra, ele transmite o conteúdo em Libras com calma, atraindo a atenção da turma, que ri com as suas expressões.
O curso terá duração de três meses e será realizado no miniauditório do prédio-sede da JFAL, na Serraria. Serão realizados dez encontros presenciais, sempre nas tardes das segundas-feiras. O objetivo é que o curso seja contínuo, sem repetir o nível inicial, para permitir o aprofundamento e domínio da Libras.
A Justiça Federal em Alagoas busca implementar, constantemente, a política de inclusão da população com deficiência. Em abril, aconteceu a II Triagem Diagnóstica de Autismo, com o atendimento a famílias com casos de autismo. Atualmente, o sítio eletrônico da instituição conta com a tradução oferecida pelo sistema V-Libras. O acesso ao prédio conta com a instalação de piso tátil, que permite ao público cego a locomoção com independência.