Servidores começam as aulas da terceira turma do curso de Libras

Secom JFAL

Na primeira aula, um dos temas foi o alfabeto em Libras
Crédito da foto: Secom JFAL

Os servidores e terceirizados da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) contam com mais uma oportunidade de aprender a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). As aulas da terceira turma do curso começaram nesta segunda-feira, no miniauditório da instituição. As aulas são ministradas pelo professor Arnaldo Nascimento, que é surdo. Para o primeiro contato com a turma, o professor contou com o auxílio da intérprete Cláudia Nascimento. Este é o terceiro com a oferta da formação. As turmas anteriores encerraram o aprendizado com resultado considerado satisfatório.

O objetivo do curso é fomentar a inclusão no ambiente da JFAL. O programa do curso visa contribuir com a comunidade surda, através de um vocabulário básico e com termos relacionados ao atendimento oferecido pela instituição federal. “A prioridade é que vocês aprendam os sinais para que possam se comunicar com pessoas surdas sem a necessidade de um intérprete. É importante ter essa capacitação para que, caso uma pessoa surda necessite de um atendimento, vocês possam conduzir, mesmo que brevemente”, esclareceu o professor Arnaldo Nascimento, com o auxílio da intérprete.

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Arnaldo Nascimento perdeu a audição aos 8 meses de idade; para ele, Libras é sua primeira língua e o Português, a segunda
Crédito da foto: Secom JFAL

Arnaldo conta que perdeu a audição aos oito meses de vida, após uma queda de uma escada. Após voltar do atendimento hospitalar, sua mãe percebeu que ele não respondia aos sons habituais. Levado ao médico, recebeu o diagnóstico de surdez. Mesmo sem falar uma palavra, ele transmite o conteúdo em Libras com calma, atraindo a atenção da turma, que ri com as suas expressões.

Indicador de atividades

A supervisora da Seção de Treinamento da JFAL, Adriana Amâncio, explica que a realização do curso atende a Resolução 633/2020, do Conselho da Justiça Federal (CJF) e que é um indicador de atividades do órgão. “O objetivo é que tenhamos, pelo menos, 5% de servidores e servidoras com capacitação básica em Libras”, explica. A Resolução do CJF estabelece, entre outras possibilidades, o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas relacionadas a pessoas com deficiências; realização de oficinas de conscientização de servidores e magistrados sobre os direitos das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, entre outras ações na área de recursos humanos.

Rebecca Loureiro, da Seção de Comunicação, se mostrou bastante empolgada com o aprendizado. “As minhas expectativas são as melhores. Eu sempre tive vontade de aprender Libras, mas nunca tive a oportunidade e agora estou tendo aqui na JFAL. Acredito que o curso será de grande valor para a minha formação, porque a chave do nosso trabalho é saber se comunicar. Então ter o conhecimento de Libras contribuirá de forma significativa para o meu desenvolvimento profissional”, afirmou.

A oferta do curso agradou ao servidor Gilberto Sales, da Seção de Treinamento. “O professor é muito didático e a gente só consegue ver melhor a dificuldade do outro, no caso das pessoas surdas, quando nos colocamos no lugar do outro. E a realização dessa formação é muito importante para fomentar a inclusão”, observa. “Foi só a primeira aula, mas aprendi o alfabeto e a dizer o meu nome em Libras”, completa Gilberto Sales.

Duração

O curso é voltado para o contexto da Justiça Federal, ou seja, com vocabulário mais utilizado no órgão. O conteúdo programático envolve uma revisão do que já foi visto pelas turmas anteriores. Na primeira aula são apresentados o alfabeto manual e os números.

O curso terá duração de três meses e será realizado no miniauditório do prédio-sede da JFAL, na Serraria. Serão realizados dez encontros presenciais, sempre nas tardes de segunda-feira. O objetivo é que o curso seja contínuo, sem repetir o nível inicial, para permitir o aprofundamento e domínio da Libras.

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