Justiça Federal em Alagoas apresenta ao CNJ projeto de plataforma para atender população em situação de rua

Secom JFAL

Solenidade reuniu autoridades, professores, residentes e representantes do Movimento Nacional da Pessoa em Situação de Rua
Crédito da foto: Secom JFAL

A Justiça Federal em Alagoas (JFAL) e o Centro de Pesquisa em Engenharia e Sistemas (EASY) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), apresentaram na manhã desta segunda-feira, 17, o projeto da plataforma desenvolvida pela nova turma de residentes para atender a população em situação de rua. A ferramenta interinstitucional vinculada ao Projeto PopRuaJud tem como objetivo principal a prestação de serviços públicos concentrados para as pessoas em situação de rua. O novo produto da residência universitária deverá funcionar nacionalmente, motivo pelo qual a apresentação nesta segunda-feira contou com a presença de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O projeto tem prazo de execução de até três anos.

A proposta é que a plataforma contribua para garantir a emissão de documentação às pessoas em situação de rua, bem como atualização de CadÚnico e concessão de benefícios sociais. O motivo para essa demanda é a dificuldade desse público conseguir acesso aos direitos básicos indispensáveis ao exercício da cidadania. Além disso, o serviço poderá contar com o suporte da rede nacional de cartórios a fim de permitir que, a partir de uma determinada informação, possa acessar e emitir outros documentos, a exemplo de certidão de nascimento.

Secom JFAL

Professor Márcio Ribeiro apresentou a Plataforma PopRua
Crédito da foto: Secom JFAL

O professor da residência e doutor em Ciência da Computação, Márcio de Medeiros Ribeiro, explica como a ferramenta funcionará e como deve ser utilizada. “Para a utilização da plataforma, teremos quatro atores principais, que são o operador do Centro Pop; a entidade conveniada; o administrador e o fiscalizador. Com a existência do serviço nacional de cartório, nós pegamos os dados, a exemplo de um CPF, e esse documento se conecta com um sistema computacional. Automaticamente, o sistema devolve os dados de cartório relacionados, ou seja, a pessoa em situação de rua chega ao Centro Pop e solicita uma certidão, o operador irá inserir os dados dessa pessoa na ferramenta, a plataforma se conecta com o sistema nacional e esse sistema vai devolver a certidão. Então essa é a ideia inicial nesse contexto”, explica Ribeiro.

Secom JFAL

O diretor do Foro da JFAL, juiz federal Aloysio Lima enalteceu o trabalho da residência universitária
Crédito da foto: Secom JFAL

A apresentação contou com a presença do diretor do Foro da JFAL, juiz federal Aloysio Cavalcanti Lima. Ele aproveitou para enaltecer o trabalho realizado pela residência universitária no âmbito da instituição. O juiz federal Antônio José de Carvalho Araújo, coordenador do Comitê PopRuaJud da JFAL, considera que a iniciativa irá promover um mutirão permanente de atendimento à população em situação de rua. “Acredito que faremos dar certo a comunicação entre as entidades, a fim de tornarmos o mutirão uma atividade permanente, em especial para esse segmento social”, aposta o magistrado. “Mais adiante, pretendemos que possa alcançar outras vulnerabilidades. Assim, o serviço público poderá, realmente, ser bem prestado e chegar a quem mais precisa”, finaliza ele.

Secom JFAL

Conselheiro do CNJ, Pablo Coutinho parabenizou a iniciativa do desenvolvimento da plataforma
Crédito da foto: Secom JFAL

O conselheiro do CNJ Pablo Coutinho, coordenador do Comitê nacional PopRuaJud, demonstrou bastante entusiasmo ao acompanhar a iniciativa da JFAL. “Com o desenvolvimento da plataforma vocês estão dando um passo à frente, para além dos mutirões, para consolidarmos um atendimento de fluxo permanente. O estado de Alagoas é uma referência, hoje, no Brasil, quando se fala na política PopRuaJud”, parabeniza Coutinho.

Secom JFAL

Coordenadora executiva do Comitê Nacional Pop Rua Jud do CNJ, Luciana Ortiz reconheceu os esforços da JFAL
Crédito da foto: Secom JFAL

Além de Coutinho, a coordenadora executiva do Comitê Nacional PopRuaJud do CNJ, juíza federal Luciana Ortiz, também reconhece os esforços do trabalho da JFAL e a parceria com a Universidade Federal de Alagoas no desenvolvimento de produtos que atendem à população em situação de rua. “É fundamental termos ferramentas, instrumentos, mecanismos e uma atuação efetiva de forma colaborativa entre instituições e poderes para prestar um serviço público na nossa burocracia, que consiga trazer essa mudança, de levar serviços públicos de qualidade para a população mais vulnerabilizada”, destaca.

Secom JFAL

A coordenadora do Movimento Nacional da Pessoa em Situação de Rua, Rafaelly Machado, apresentou sugestões para a plataforma
Crédito da foto: Secom JFAL

A coordenadora do Movimento Nacional da Pessoa em Situação de Rua, Rafaelly Machado, parabenizou o projeto e apresentou sugestões. “Essa plataforma já é uma referência, mas para que possa ser mais potencializada, é muito importante o nosso protagonismo; a inclusão das equipes de consultórios na rua, assistentes sociais, psicólogos, e também que a Superintendência da Secretaria do Estado da Mulher e dos Direitos Humanos possa ter acesso”, defende Rafaelly. “É de suma importância que o próprio movimento tenha acesso à plataforma. Temos um lema que é ‘Nada para nós, sem nós’, por isso é tão valioso esse diálogo com vocês que atuam aqui”, finaliza.

Também acompanharam a solenidade o chefe de gabinete do conselheiro do CNJ, Marcelo Pires; o coordenador dos Direitos Humanos no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Pedro Montenegro; o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Bruno Lamenha; o juiz estadual Caio Barros; os professores da residência Baldoino Fonseca, Erick Barboza, Marcelo Oliveira, Elvis Soares, Davi Baía e Ícaro Araújo; a professora do curso de Direito da Ufal, Lana Lisier Palmeira; a promotora de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Alexandra Beurlen; o defensor público estadual Isaac Vinícius; os residentes Pedro Pimentel, Luiz Augusto, Hebert Braga, Bruno Barros, Luis Eduardo, Itallo Castro, Manoel Terceiro, Ana Carolina e Vinícius Cortez; o superintendente de Direitos Humanos da Secretaria do Estado das Mulheres e dos Direitos Humanos; Mirabel Alves; a assessora política de Direitos Humanos, Sarah Ávila; o diretor de Secretaria da 9ª Vara Federal, Charles Azevedo; e as representantes do Movimento Nacional da Pessoa em Situação de Rua, Mirella da Conceição, Andrezza Lima, Rita Gabrielly e Luana Vieira da Silva.

Secom JFAL
Institucional
Carta de Serviços
Concursos e Seleções
Comunicação
Juizados Especiais
Turma Recursal
Transparência
Plantão Judiciário
mapa do site

Este site usa cookies para garantir que você obtenha uma melhor experiência.

Política de Privacidade